segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Aprender a lidar com as diferenças: uma questão de consciência



As perturbações de hiperactividade e/ou défice de atenção têm sido os pedidos mais frequentes de auxílio por parte dos educadores.

Numa primeira fase este terá de adoptar o papel de Observador, ver a criança tal como ela é na sua essência, não as suas atitudes ou os seus comportamentos.

A segunda fase, é da Aceitação. Ao aceitarmos a criança tal como ela é, estamos a dar um passo fundamental no estabelecimento de uma relação empática e de confiança, que nos permitirá trabalhar a um nível mais profundo com ela.

Sofia Esteves In Cadernos de Infância, nº 81

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Inclusão versus Exclusão


"A experiência de uma 'escola para todos e para cada um' é a primeira e decisiva experiência de inclusão e de prevenção, escreveu, há cerca de uma ano, o Prof. David Rodrigues. E acrescentou: "Voltar a dividir a escola em termos de alunos 'normais' e alunos 'deficientes' não é certamente um princípio inclusivo...".


In Cadernos de Infância nº 81, Agosto/2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Acerca do Material de Desperdício


Assim ele tinha a paixão dos objectos,

conchas, rodas, ramos secos, utensílios,

coisas aparentemente desmembradas e soltas, que encontrava ao acaso em ferros-velhos...

ou apanhava do chão quando passeava,

entre vagos montões de sucata ou de lixo, e depois se transformavam

quando ele lhes encontrava na casa um local certo,

porque conhecia a sua identidade profunda, o rosto oculto que eles não revelavam tão
facilmente.

Deixava-as vir devagar à superfície de si próprias,

as suas mãos eram sempre pacientes com as coisas,

e também o olhar que descobre a sua intimidade e a partir delas as combinava, porque nem
todas se entendiam entre si,

era preciso estar atento às suas afinidades ou disparidades, mesmo às menos evidentes.

Mas ele tinha o segredo da harmonia.



Teolinda Gersão, in O Fio da Meada. Colecção Práticas Pedagógicas, 1989.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Notícia: "Só visto"

"Alunos de Escola Norte-Americana Proibidos de Darem Abraços"

"O liceu norte-americano Percy Julia, instaurou uma regra polémica, especialmente para quem gosta de um "aconchego". A directora Victoria Sharts proibiu que os 860 alunos da escola, situada na periferia de Chicago, se abraçassem dentro das instalações escolares. Segundo a responsável, os alunos estavam a criar «filas de abraços», o que os atrasava para as aulas e «tumultuava» os corredores. «o abraço é mais apropriado em aeroportos ou reuniões em família doq eu cada vez que se vê alguém conhecido pelo corredor», justificou Sharts. Outro motivo para instituir a proibição é que por vezes alguns abraços eram "longos e próximos de masi", ou seja, «inadequados»."

Só visto!

Notícia de dia 17 de Outubro de 2007, 4.ª Feira

Poema: "Ser Criança"

Gostamos de brincar
Com tudo o que temos à frente,
Fazemos amigos sem parar
E somos todos inocentes.

Com muito amor e alegria
Ensinam-nos coisas sem parar,
Rodeados estamos de magia
E crescemos sempre a sonhar.

Como somos pequeninos
E estamos sempre a correr,
Ficamos muito cansadinhos
E sestas temos de fazer.

Protegidos pelo colinho
Que os adultos nos dão,
Adormecemos como uns anjinhos
Dando asas à nossa imaginação!
Érica Figueiredo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Porque baila o esparguete?



Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo nem sempre é um processo pacífico. Assim, é essencial realizar actividades onde as crianças possam aprender a respeitar, ouvir, a partilhar materiais, a aguardar a vez para trabalhar ou falar, etc.


A actividade experimental, aqui proposta, pode ser realizada individualmente ou em grupo, sendo esta última opção aconselhada, não só devido às dificuldades materiais mas também dado o impacto visual da experiência, que a torna adequada para ser realizada em pequenos grupos (4/5 crianças) ou como actividade de demonstração.


É importante a preparação das questões orientadoras, que permitem guiar as crianças no decorrer da actividade.


Tema: Porque baila o esparguete?


Antes de começar


Nesta experiência o esparguete "baila" porque o ácido do vinagre, chamado ácido acético, reage com o bicabornato de sódio, formando um gás chamado dióxido de carbono (CO2).


Quando as bolhas de gás ficam agarradas ao esparguete, este é levado até à superfície da água à medida que as bolhas do gás sobem. Quando as bolhas do gás se escapam da superfície para o ar o esparguete cai e volta para o fundo.




Materiais necessários


Aquário (ou outro recipiente trasparente e grande), um por grupo;
Copo de medidas;
Conta-gotas;
Colheres de sopa,
Esparguete;
Água,
Vinagre;
Bicarbonato de sódio;
Corante Alimentar;


Antes de começar


As crianças são curiosas por natureza, logo dê-lhes oportunidade de explorarem previamente os materiais com que vão trabalhar e sempre que possível permita que ponha em prática as suas ideias.




Procedimento


Colocar água no aquário aproximadamente atá metade do volume. Discuta com as crianças a noção de metade e solicite que lhe indiquem até onde colocar a água no aquário. Marque no aquário as várias opções dadas pelas crianças.


Coloque a água no aquário e discuta as várias respostas que foram dadas.


Partir 25 de tiras de esparguete, em pedaços muito pequenos.


O número de tiras de esparguete pode variar consoante o número de alunos e o conhecimento dos alunos, por exemplo, se tiver a ser trabalhado algum algarismo em particular pode aproveitar esta actividade e solicitar que cada criança parta esse número de tiras.


Noutra possibilidade que também recorre a procedimentos de contagem, peça às crianças para partirem uma tira de esparguete num determinado número de partes predefinido (as partes podem não ser todas iguais).


Colocar os pedaços de esparguete dentro do aquário com água.



Rosário Leote de Carvalho In Cadernos de Educação de Infância, Nº 80

Literacia Emergente


As concepções emergentes de literacia que as crianças desenvolvem precocemente, são muito diversificadas, direccionando-se para aspectos distintos como por exemplo para o acto de ler e escrever (o que se faz para ler e escrever), para o funcionamento da linguagem escrita (como se escreve, o que se pode ler, simbologia utilizada) para a sua utilização (para que serve, como se utiliza), sobre as atitudes face á linguagem escrita (pode ser bom e agradável, é aborrecido), etc. Neste sentido, nos últimos anos muita da investigação desenvolvida tem procurado proceder à caracterização das concepções emergentes, nas suas múltiplas vertentes.


Lourdes Mata


terça-feira, 16 de outubro de 2007

A Aprendizagem




Eu gosto muito de ouvir,

cantar a quem aprendeu,

se houvera quem me ensinara,

quem aprendia era eu.


(canção Popular Portuguesa)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A imaginação

A professora do João após lhe dar um desenho duma flor disse-lhe que as pétalas eram vermelhas e o caule verde.
Aos sete anos de idade, já com outra professora...
Professora:
"Então João não pintas a flor?"
João:
"Estou à espera que me diga as cores que devo utilizar".
Professora:
"Mas...tu é que escolhes as cores".
Então o João pintou...Quais foram as cores que utilizou?
Pintou as pétalas de vermelho e o caule de verde.


Júlia Oliveira Formosinho